quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O polvo do "Twilight"


Ano: 2005 

Esta é a segunda vez que estou a escrever uma opinião sobre o “Twilight”.
E porquê!? Porque é que estou aqui a perder tempo a refazer um trabalho tão bem feito? (Eu que trabalho sempre bem!)
Porque me senti obrigada a fazê-lo pelos fenómenos dos últimos dois anos que transformaram a série num polvo. (Já vais entender o polvo mais á frente, sossega os neurónios)
 
A minha história com o Twilight começa como uma boa história de terror (ou aquelas que acabam inevitávelmente em tragédia) numa noite fria de inverno em Janeiro de 2006 onde tudo estava como sempre foi na minha pacata vidinha. Peguei no livro com alguma desconfiança (porque vampiros nunca foram a minha praça) e depois de começar a ler a minha alma não teve mais descanso até chegar à última página.
Gostei da história, gostei dos personagens, da aura de mistério que envolvia o livro, da escrita, do ritmo de leitura... e estava pronta para mais!
Comprei o “New Moon”, e li-o no mínimo tempo humanamente possível.
Comprei “Eclipse”, li-o que nem uma desalmada. (quem é queria saber das olheiras que caíam dos olhos em dois papos negros!? Eu não!)
Comprei o “Breaking Dawn” e quando se apróximava das últimas páginas os meus olhos tremiam em câmbrias pela ressaca que se avisinhava com o final da minha droga.
Urtigas! Eu adorei o raio da série!
(Estes podem ser considerados os primeiros tentáculos do polvo.)
O tempo passou e o murmurinho em redor da série cresceu como urtigas.
(Outro tentáculo do polvo)
A minha sobrancelha nervosa começava a elevar-se perigosamente de cada vez que via mais uma critica, mais uma pessoa com o livro, mais um programinha de televisão sobre a série, mais isto..., mais..., MAIS...!!!
“O quê? Um filme? Por favor não falem comigo sobre o Twilight!”
(Outro tentáculo do polvo)
Tenho de confessar que a série me influenciou quando escrevi o “Momenttus” em 2008/09 e até hoje acredito que foi uma boa influência... mas depois veio aquela urtiga de filme, com aqueles actores urtigueiros e mandou o raio dos livros todos para as urtigas!!!
(confuso com tanta "urtiga"? É só mais uma daquelas coisas que nunca terá explicação)
(Aqui mais uns tentáculos para o polvo!)

Hoje, tenho os livros no fundo mais escondido das minhas prateleiras porque não quero sequer abrir hipótese para conversa sobre o Twilight.
A história foi lida, relida, desenhada, usada, desmantelada, escrutinada, analisada, autopsiada e o que resta é um cadáver que fede a podre.
Esta é a cabeça do polvo (porque o raio do animal já está cheio de tentáculos) e a minha última e derradeira crónica ao “Twilight”.
Por favor, mais não.
Liliana
PS – Na eventualidade da Stephanie Meyer aprender a falar Português e ler isto: Parabéns pelo bom trabalho.

5 comentários:

  1. LOLOLOLOLOLOL
    Só tu para descreveres assim o Twilight mas sim tens razão... depois de explicada a teoria do Polvo consigo visualizar este polvo perfeitamente!

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    1. Obrigada pela compreensão :)
      É um fenómeno estranho esta série... com o último filme nas salas de cinema pareceu-me bem a divagação :D

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  2. Não consigo ter essa visão do Twilight, porque fiz por não dar muita atenção ao mediatismo que a precedeu. E foi a minha série pioneira no que refere à minha loucura por livros.

    Mas... há partes em que concordo, e raios se esse polvo não é irritante.
    Agora, esse ps. matou-me ahaha :D

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    1. Há que dar o merecido reconhecimento ao trabalho da Senhora :D

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  3. LOOOOOL esta tua história com o Twilight é igual à minha história com o Cinquenta Sombras de Grey, visto que eu conheço 50shades desde 2010 -_- e agora booom toda a gente fala disto :) e saber que Cinquenta sombras vem do Twilight O.O portanto estamos conectadas :)

    Adorei o texto, neste tom cómico e sarcástico eheh continua, gostei e já estou a seguir!

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